A escritora e
artista plástica Ana Maria Caldas comemora os 16 anos dedicados, quase 100% de
sua produção artística e literária a preservação da Natureza e/ou educação
ambiental assim como a construção de uma microfloresta (única no nordeste) num
terreno antes invadido por algarobeiras, formigueiros e lixo, em área urbana,
com o objetivo de promover a educação ambiental “in loco”. Tudo começou em
1998, quando, voltando de São Paulo onde residira por 18 anos, deparou-se com
montanhas de pneus velhos e garrafas pet entulhando as periferias de Recife e
Olinda, época em que iniciava-se os surtos de dengue no estado de Pernambuco.
Com a ajuda de uma irmã ecologista, passou a coletar esses objetos que chamou
de sucata pesada, das periferias e transformando-os em arte ou utilitários
montou uma grande exposição à céu aberto na Reserva Ecológica Santa Rita, em
Paulista-PE. Em 1999, outra exposição (arte conceitual) no mesmo gênero, no
Espaço Ciência/ Memorial Arcoverde, sendo o mesmo trabalho doado ao mesmo
endereço servindo como objeto de educação ambiental para escolas. Em 2000, uma
exposição itinerante no interior de Pernambuco, comemorando os 500 anos de
Brasil, trabalho intitulado; “Pintando de Verde e Vida o Sertão” onde dava
palestra e distribuía mudas, dando início a uma campanha de reflorestamento. Em
2001 passa a dividir o seu tempo entre São Paulo, onde trabalha com remuneração
e Tabira (alto sertão) sem quaisquer apoio ou patrocínio, inicia a construção
da microfloresta que hoje é conhecida como Portal Ecológico. Enfrentou secas,
pragas muita transpiração e solidão, Em 2006, o solo já estava protegido por um
manto verde e dezenas de mudas nativas já se encontravam na adolescência. Pássaros,
insetos, borboletas, lagartos e muitos outros animais nativos estavam de volta
aquele lugar que meio século antes era mata fechada. Aí entrava a escritora com
sua fantasia e povoando o lugar de fadas, anjos e outros seres mágicos,
encantando as crianças nas visitas ao Portal. No mesmo ano Ana Maria passou a
escrever livros tendo como pano de fundo, a Natureza ou educação ambiental,
lançando-os na Bienal Internacional do Livro em São Paulo, evento repetido em
2008, 2010, 2012 e 2014, lançados também em Pernambuco e muitos doados para
crianças e adultos carentes. Hoje, o solo ainda é pobre em nutrientes, ainda
morrem árvores nas secas, mas muitas nativas nascem naturalmente. “Sou feliz
com o resultado dessa árdua e solitária luta, acho que estou fazendo a minha
parte como habitante desse planeta e agradeço muito à Deus”, afirma Ana Maria
Caldas.
OBS. Durante esses anos Ana Maria Caldas produziu a peça de
teatro O resgate da Mãe Terra, de sua autoria e mostrou o espetáculo em alguns
municípios do interior de PE, também fez uma campanha pela internet; “CONSTRUA
UMA MICICROFLORESTA.”
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